Crustáceos marinhos são flagrados presos em boia no litoral de SP; VÍDEO
18/09/2025
(Foto: Reprodução) Crustáceos marinhos em movimento chamam atenção ao aparecerem presos em boia
Um grupo de crustáceos marinhos chamou atenção após ser filmado preso a uma boia em Praia Grande, no litoral de São Paulo. De acordo com os biólogos marinhos ouvidos pelo g1, trata-se da espécie lepas anatifera, também conhecida como cracas-de-pescoço-de-ganso. Ela se prende a objetos flutuantes e projeta parte da estrutura para capturar alimentos (assista acima).
As imagens foram feitas pela professora aposentada Hebe Gomes Dorado, de 75 anos, na praia do bairro Canto do Forte, por volta das 6h30 de quarta-feira (17). Ela contou à equipe de reportagem que caminha diariamente na beira do mar e costuma fazer registros para publicar nas redes sociais.
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"Eu fiquei emocionada na hora que vi os bichinhos se mexendo e saindo de dentro da casquinha. Eu resido em Praia Grande há 60 anos e nunca tinha tido a oportunidade de ver esta maravilha", afirmou a professora. "Que sensação fantástica. Eu senti Deus tão forte ali", acrescentou ela.
Crustáceos marinhos são encontrados presos a boia em Praia Grande (SP)
Hebe Gomes Dorado
Conheça a espécie
Segundo o biólogo marinho Eric Comin, a estrutura das lepas consiste em duas partes:
➡️Pedúnculo: Parte flexível e resistente usada pelo animal para se prender a objetos flutuantes, como madeira, cascos de navios ou até animais marinhos.
➡️Capítulo: Contém os órgãos internos e é coberto por placas calcárias. "As placas são brancas, grossas e esculpidas, com linhas de crescimento que indicam o crescimento do animal", disse Comin.
Ainda de acordo com o profissional, alguns tipos de lepas são comestíveis, mas este não é o caso da anatifera. "É importante identificar a espécie correta para determinar se o consumo é seguro e apropriado", alertou Comin.
Crustáceos marinhos são encontrados presos a boia em Praia Grande (SP)
Hebe Gomes Dorado
O biólogo marinho William Schepis acrescentou que a craca é um organismo hermafrodita e pelágico. Ou seja, a espécie possui uma fertilização interna e vive em alto-mar.
"Não é tão comum encontrar no litoral, mas às vezes aparece devido às condições climáticas de correntes e ventos", explicou o especialista. "Acaba chegando com esses detritos, tanto em praias do litoral quanto em ilhas", acrescentou ele.
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