Ressaca abre crateras e destrói orla de Santos, SP; reconstrução pode levar um mês
30/07/2025
(Foto: Reprodução) Ressaca causa destruição de 'calçadão' e interdita trechos na orla de Santos
A ressaca que atingiu o litoral de São Paulo entre a noite desta terça-feira (29) e a manhã desta quarta-feira (30) provocou diversos danos à orla de Santos, no litoral paulista. Imagens obtidas pelo g1 mostram os estragos no bairro Boqueirão, um dos pontos mais afetados, segundo a prefeitura. Nos dois dias, foram registradas diversas ondas acima de três metros, com pico de até 3,98 metros (veja mais abaixo).
A Defesa Civil Estadual emitiu, na segunda-feira (28), um alerta de ressaca. A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo, informou que a condição deve permanecer no litoral entre Iguape (SP) e Macaé (RJ) até as 21h de quinta-feira (31), com ondas de até 3,5 metros de altura.
Na última terça-feira (29), trechos da orla de Santos ficaram alagados e precisaram ser interditados, após o registro de ondas de quase 4 metros por volta das 18h. Nesta quarta-feira (30), ondas de mais de 3 metros também haviam sido registradas por volta das 7h30.
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O fenômeno, segundo a administração municipal, causou queda de muretas, abertura de buracos nas calçadas e tombamento de lixeiras, brinquedos de praças e bancos públicos. Os maiores danos foram registrados entre os bairros Boqueirão e Ponta da Praia.
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Limpeza e reconstrução
A Prefeitura de Santos informou que equipes da Secretaria das Prefeituras Regionais (Sepref) e da Terra Santos estão mobilizadas para realizar a limpeza dos trechos afetados. Os trabalhos contam com o apoio de 208 funcionários, 16 caminhões e uma pá carregadeira.
Estrago foram registrados no calçadão da orla de Santos
Aldemar Neto
Entre as ações realizadas estão a retirada de entulhos, a reconstrução das estruturas danificadas e a limpeza das áreas atingidas. A previsão da prefeitura é que os trabalhos de recuperação durem aproximadamente um mês.
“A ação tem como objetivo promover a remoção de resíduos, desobstrução de vias e manutenção de áreas públicas, contribuindo para a melhoria do ambiente urbano e da qualidade de vida da população”, destacou a administração municipal.
A Defesa Civil disse que está apurando estragos nas estruturas da orla, como muretas, calçadas, bancos e demais equipamentos urbanos, e que um relatório será encaminhado para as secretarias municipais responsáveis.
Trânsito
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos informou que 60 agentes estão auxiliando os motoristas com orientações sobre desvios e rotas alternativas. “Com o recuo da água do mar, o desvio dos veículos e linhas de ônibus que vinha sendo feito na Avenida Ana Costa (sentido José Menino/Ponta da Praia) passou a ser feito na Rua Oswaldo Cruz”, pontuou a empresa.
Com a interdição da Avenida da orla para os trabalhos de limpeza, a CET destacou que as rotas alternativas são a Avenida Epitácio Pessoa ou o caminho pela Avenida Francisco Glicério e Avenida Afonso Pena, com destino à Ponta da Praia.
Ventos fortes e ressaca atingem litoral de SP
Outras cidades
Em nota, a Prefeitura de Peruíbe revelou que, nesta quarta-feira (30), houve alguns avanços de maré em locais como Guaraú, Barra do Una, Caraguava e Ribamar, mas não causaram maiores danos ou ocorrências, tampouco desabrigados.
Já em Mongaguá, as praias mais afetadas foram as da Vila São Paulo e do Centro, onde houve lançamento de areia sobre a avenida da praia e assoreamento dos canais. “A limpeza dessas áreas será realizada após a diminuição da agitação marítima e das ondas”, disse a administração.
Ressaca marítima atingiu Ilha Comprida (SP)
Defesa Civil de São Paulo
Em Ilha Comprida, no Vale do Ribeira, a Defesa Civil Estadual informou que houve a destruição da Avenida Beira Mar, na altura do bairro Balneário Araçá. De acordo com o órgão, um trecho de aproximadamente um quilômetro foi interditado no local.
“A equipe da Defesa Civil municipal está em campo prestando apoio aos munícipes e, em conjunto com a prefeitura, realizando o corte de árvores comprometidas. Até o momento, não há registro de feridos, desabrigados ou desalojados”, ressaltou o órgão.
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